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Luiz
Thomaz de Lemos e Menezes
9º senhor da Trofa (1705)
LUIZ
THOMAZ DE LEMOS E MENEZES, que também aparece como Luiz Thomaz de Lemos
de Carvalho e Vasconcellos, 9º senhor da Trofa, Álvaro, Pampilhosa, Jales
e Alfarela, por carta de Dom Pedro II de 15.3.1705. Sucedeu ainda como
11º morgado do Calhariz, 5º morgado de Lamarosa (Tentúgal) e de Vila
Maior (S. Pedro do Sul) e senhor da honra e torre de Silva, das quintãs
e torres de Cambra e Stª Mª de Ventosa (Vouzela). Foi o 1º senhor do palácio da Calçada da Graça, em Lisboa. Moço fidalgo da Casa
Real (15.6.1709), foi capitão-mor de Aveiro (16.2.1732) e superintendente
das caudelarias da comarca. Nasceu a 13.3.1697 na Casa da Trofa e faleceu
a 27.10.1756, com 59 anos de idade, indo a sepultar ao panteão da família.
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Portal armoriado (Lemos e
Carvalho) do palácio da calçada da Graça, em Lisboa. |
Casou
a 26.10.1721 com sua prima-direita D. Caetana Rita Venância Bernardina Felícia de Roxas e Lemos,
nascida em Lisboa e falecida a 15.9.1738 na Casa da Trofa, na sequência
do parto de gémeos, filha herdeira de Pedro de Roxas e Azevedo, fidalgo
da Casa Real (1670), conselheiro da Fazenda de Capa e Espada, provedor
da Casa da Índia, alcaide-mor de Portalegre (13.1.1713), etc., e de sua
mulher D. Joana Micaela de Noronha de Souza de Menezes, irmã do Dr. Manuel
de Souza de Menezes, referido na página sobre o 8º senhor da Trofa; neta
paterna do Dr. João de Roxas de Azevedo, do Conselho de S.M.F., chanceler-mor
e ministro do Reino, desembargador do Paço, embaixador em Roma, secretário
da Casa de Bragança, etc., e de sua mulher D. Josefa de Contreras.
FILHOS DO 9º SENHOR
DA TROFA
- D. Joana Rita Joaquina de
Menezes de Lemos e Carvalho,
que nasceu a 8.9.1724 no palácio da Calçada da Graça, em Lisboa. Esteve
recolhida no convento de Jesus de Aveiro para casar com Francisco
Luiz Pequeno Chaves, fidalgo da Casa Real, capitão de Cavalaria, coronel
do Regimento de Bragança, etc. Com geração, nomeadamente aquela que
vai referida na descendência (ver) dos VIII senhores da Trofa e na
representação (ver) genealógica. Deste foi filho sucessor Manuel de
Roxas de Lemos de Carvalho e Vasconcellos, que a 13.7.1803 teve carta
de sentença por que se julgou pertencerem-lhe as terras da Trofa e
Castrovães (RGM, RC, 1, 16v), a 9.7.1803 teve carta de confirmação
da doação do padroado da igreja de Trofa (RGM, RC, 1, 16) e a 4.6.1803
teve confirmação do foral dado ao concelho e vila de Trofa (RGM, RC,
1, 15). Este Manuel casou com sua prima-direita D. Isabel Antónia
do Carmo de Lemos Roxas e Carvalho e Menezes, referida adiante, com
geração extinta, como aí se diz.
- Bernardo Manuel de Carvalho
e Lemos, que segue.
- Pedro José de Lemos e Roxas,
moço fidalgo da Casa Real (22.1.1735), comendador da Ordem de Malta,
tenente-coronel de Cavalaria do regimento de Miranda, etc., que nasceu
a 3.9.1727 na Casa da Trofa e faleceu solteiro, deixando uma filha
natural, que foi a 1ª condessa de Subserra, com geração extinta. Esta
filha chamou-se D. Isabel Antónia do Carmo de Lemos Roxas e Carvalho
e Menezes, e sucedeu em muitos dos bens de raiz da Casa da Trofa,
nomeadamente na quinta de Subserra, em S. João dos Montes, concelho
de Vila Franca de Xira. D.Isabel casou a 1ª vez com seu primo-direito
Manuel de Roxas de Lemos de Carvalho e Vasconcellos, referido acima,
que a 13.7.1803 teve carta de sentença por que se julgou pertencerem-lhe
as terras da Trofa e Castrovães (RGM, RC, 1, 16v). D. Isabel casou
a 2ª vez, a 19.3.1806, com Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real,
feito 1º conde de Subserra a 11.6.1823, em duas vidas. Deste 2º casamento
não houve geração, mas ficou uma filho do 1º casamento, D. Maria Mância
de Lemos e Roxas de Carvalho e Menezes, que o 2º marido adoptou e
que sucedeu como condessa de Subserra (18.3.1825), na 2ª vida da mercê.
Esta D. Maria Mância casou a 1ª vez com seu primo Fradique Lopes de
Souza Alvim e Lemos, feito 2º conde de Subserra (12.4.1825), que morreu
com 26 anos exilado em Paris, por ser miguelista, sem geração. Casou
a 2ª vez com Teodoro Estêvão de La Rue Saint-Léger, sendo feitos marqueses
da Bemposta-Subserra, de quem tiveram uma única filha, que casou com
o conde de Rio Maior, depois marqueses de Rio Maior, sem geração.
- D. Felícia Ana Rufina de
Lemos e Roxas, que nasceu na Casa da Trofa a 25 10.1735, onde
casou a 5.10.1755 com seu primo-direito (também neto paterno dos 8ºs
senhores da Trofa) Fradique Lopes de Souza e Lemos, moço fidalgo da
Casa Real (14.9.1737), cavaleiro da Ordem de Cristo (30.4.1726), provedor
da Santa Casa da Misericórdia de Viseu (1761), morgado da Casa de
Bordonhos (S. Pedro do Sul) e da Casa da Fidalga (Santar), etc., com
geração, nomeadamente a que vai referida na descendência (ver) dos
VIII senhores da Trofa e na representação (ver) genealógica. Dentre
os vários filhos e filhas deste último casal, uma filha, D. Tomásia
Rita de Souza de Lemos e Menezes casou com Estêvão Soares de Mello,
17º senhor de Mello, dos quais foi filha herdeira D. Ana Rufina de
Mello e Souza e Lemos que casou com seu primo o Dr. Pedro de Mello
Breyner, ministro e do Conselho de Dona Maria I, governador das Justiças
do Porto, etc. Esta D. Ana Rufina, invocando o facto de ser sobrinha-neta
do último senhor da Trofa, requereu ao rei o senhorio da Trofa para
seu marido, o que lhe foi concedido por uma vida e apenas para a Trofa.
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